No dia 27 de julho comemora-se o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes. A data representa a luta dos trabalhadores brasileiros por melhores condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho.
A data passou a ser celebrada no início da década de 1970, por causa dos elevados números de acidentes de trabalho no Brasil o Banco Mundial, que tomou iniciativa de cortar financiamentos para o país, caso essa problemática não fosse revertida, o que impulsionou medidas do governo brasileiro à época.
Diante desse contexto, em 27 de julho de 1972, o Brasil criou o serviço obrigatório de Segurança e Medicina do Trabalho, sendo, inclusive, o primeiro país a ter um serviço obrigatório de Segurança e Medicina do Trabalho em empresas com mais de 100 funcionários.
A partir dessa data, as empresas estavam obrigadas a fornecer equipamentos de segurança para os empregados e também oferecer condições dignas no ambiente laboral, garantindo maior responsabilização do empregador pela integridade física dos trabalhadores.
Assim, o dia 27 de julho ficou conhecido como o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho.
Nessa mesma data, em 1977, as Normas Regulamentadoras (NRs) também foram implementadas. Elas são de extrema relevância para garantir a segurança e a saúde do trabalhador, e também preservar e proteger o meio ambiente, além de surgirem como importante guia para que as empresas adquiriram o conhecimento de como agir em relação à segurança do trabalho.
Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, apontam que no período de 2012 a 2021, 22.954 pessoas morreram em acidentes de trabalho no Brasil.
No mesmo período, foram registradas 6,2 milhões de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) e o INSS concedeu 2,5 milhões de benefícios previdenciários acidentários, incluindo auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente. O gasto previdenciário, nesses dez anos, ultrapassou os R$ 120 bilhões somente com despesas acidentárias.
O Observatório calcula, com a soma de todo o tempo que os afastados não puderam trabalhar, que no período de 10 anos foram perdidos, de forma acumulada, cerca de 469 milhões de dias de trabalho, o que gera grandes prejuízos econômicos para as empresas. Além disso, estimativas da OIT apontam que os custos ligados a acidentes de trabalho causam a perda aproximada de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) global a cada ano.